quarta-feira, 27 de junho de 2012
Sob teu rosa, sob tua avenida
A mais deliciosa de todas as fêmeas me procura...
abrindo a boca, os braços, as pernas...
Me abro abrindo a porta do centro do mundo
para os galos do vento,
do meu vento cravarem suas unhas de perola
em tuas costas gigantes
Sob teu rosa, sob tua avenida,
faço minha artimética,
nosso concerto aquático
Vinde, artista do que eu canto
Vinde, singela eletricidade de ti e de mim
Cabo de pedras vermelhas,
o nervo, a altura, os montes,
seus cabelos...
Brindada de mar, cristalina ovelha
arcada sobre meus arcos
fazendo sombra em meus ventres
( edu planchêz )
quinta-feira, 21 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
sindrome de Van Gogh?
Não sou adepto da síndrome de Van Gogh,
nunca foi minha opção
ser reconhecido pós morte.
Todos os dias escrevo,
todos os dias publico,
por aqui mesmo
nesse veloz lento veículo virtual
Quem realmente lê e absorve o que escrevo?
Obtenho poucas respostas,
zero comentários,
zero convites para palestras,
entrevistas, publicações?
Tem sempre um que tenta me tomar dinheiro propondo eu entrar em antologias,
fazer "livros solos", "livros solos"?
É para rir, deitar no chão...
tenho muito mais leitores
aqui nessa telinha
do que num livro de papel
que custaria alguns milhares de reais.
Não entrarei em em nenhum desses projetos,
não sinto a mínima falta do livro de papel,
foda-se quem ainda ama a porra do livro
de papel de celulose,
no meu entender,
o virtual veio para salvar as árvores
( edu planchêz )
domingo, 10 de junho de 2012
passariformes
Chiu Yi Chuh Bhuda, Irael Luziano Bhuda,
eu, no caminho,
nas paletas da enorme roda das águas termais
Se toco o céu,
toco flauta com os dragões
fazedores de vento,
e vejo do alto,
onde estiveram Enkidu e Gilgamesh,
o mar de leite qualhado
Tudo reza no livro esculpido
nas linhas do corpo,
nas marcas
que o veleiro que trouxe Vitor Hugo
deixa na epiderme líquida
dos sentimentos passariformes
mulher que esteve em seus sonhos durante uma vida, muitas vidas
Como pode ser tão linda assim?
Coração de poeta, aguenta,
se segura, amarra alguma coisa
entre a artéria horta e o ventre
Sei que sou merecedor de tamanha luminosidade,
mas é difícil não deixar de chorar
diante das cores tuas,
compreendo nesse agora
o que Flávio Venturini quer dizer
quando diz "Foi assim, como ver o mar,
a primeira vez que os meus olhos se viram
no seu olhar"
Pessoa grande e pequena,
fada descida das flores abissais,
dos desenhos da vasta existência,
sou quase nada frente à ti,
ou sou quase tudo:
um menino amando
a mulher que esteve em seus sonhos
durante uma vida,muitas vidas
(edu planchêz)
sábado, 9 de junho de 2012
escamas de madrepérola
eu vou alongando minha noite,
amo o nascer do dia ,
mesmo cansado...
amo a arte da chuva,
o escrever,
a tua arte pessoa
farei um poema bem intenso para ti...
fiquei horas olhando uma foto tua ampliada pela beleza eterna:
cabelos loiros...o rosto de lado, tão pura, tão transparente...
a verdade visceral escrita em mim
pelo talhe de teu rosto
vou ao meu menino, e vou a tua menina,
aos milhares de pássaros
que chegam com essa visão...
tento nos ver em outras existências,
tento nos ver
e você no mar que tudo cobre,
e eu no mar que tudo cobre:
para o meu compreender seus dedos são conchas,
meus dedos são concha,
seus olhos, perolas lapislazuli,
nossas peles escamas de madrepérola....
( edu planchêz)
sexta-feira, 8 de junho de 2012
anjo arquétipo
"Trabalhe como se você não necessitasse de dinheiro,
ame como se nunca tivesse sido ferido
e dance como se ninguém estivesse olhando." (Eça de Queiroz)
Dor que está aqui em mim,
você passeia em meus domínios,
esse é o seu tempo,
você é professora, me ensina algo novo,
diferente: "decifra-me ou te devoro",
projeta em meu eu teu reflexo diamantino,
teu reinado protegido por arqueiros exímios,
teus trovões
Duzias de novos frutos...
sintonizam minha persona
sintonizam minha persona
a persona do maior de todos os guerreiros,
ao samurai dos samurais,
ao magnifico encouraçado que cruza o mar Egeu
e aporta nos tijolos da cidade de Bizâncio
Movo-me com os profetas rastreadores do sol
dos muitos, com a exuberante trombeta
do anjo arquétipo
Vinde a mim e a todos a claridade,
o cintilante raio que nunca queima
os que nas linhas da justiça caminham
( edu planchêz )
quinta-feira, 7 de junho de 2012
edu planchêz coruja clamando preces de ouro
edu planchêz coruja clamando preces de ouro
por dentro da madrugada
sob as cinzas do velho aeon,
sob torrentes e calmarias
edu planchêz é um barco,
uma nave humana e inumana
cravando imagens em vossas epidermes
( edu planchêz)
terça-feira, 5 de junho de 2012
EU À VEJO
Dama que observo de dentro dessa noite de cheia lua,
eu à vejo, e à toco primeiro em suas mãos...
(edu planchêz)
segunda-feira, 4 de junho de 2012
O gato psicodélico
O gato psicodélico é a sua cama,
diria que ele sou eu e a lua de Atenas,
as laterais da casa,
o tom vermelho de tuas unhas,
as luvas que faço
com os fios de meus cabelos
para usares nas noites
de inverno e incendios
Ouço o miado do gato,
ouço o teu miado...
Você é o gato, o gato é você
Fico contente
em saber que vivemos no mesmo planeta,
no mesmo plano,
nos olhos ultra-violetas do felino
Amor que cravou-se
em meu peito feito espada,
unhas de gato, dentes de sabre,
lábios pêssegos...
Em teus lençóis sou eu o gato,
o psicodélico homem das guitarras
e das vozes que ultrapassam as paredes
e as distancias para se aninhar em teu colo
sábado, 2 de junho de 2012
desenhos traçados pelo senhor tempo
Diante do som,
da abertura das asas do pássaro silencio...
Diante da salgada boca,
dos desenhos traçados pelo senhor tempo....
No rendado da noite que despede,
nas cortinas da casa de cristal...
Vem comigo, vamos pelo lado esquerdo,
pelo lado dos eflúvios celestes,
pelo lado dos algodoeiros
(edu planchêz)
sexta-feira, 1 de junho de 2012
trompas de falópio
A vialáctea vai sumir inteira em tua vagina,
passará lentamente por tuas trompas de falópio,
dará meia volta e entrará em meu cu, envolverá meu caralho
( diria Roberto Piva?)
para num giro ou em muitos giros,
fazer o que essas palavras não conseguem
( edu planchêz)
passará lentamente por tuas trompas de falópio,
dará meia volta e entrará em meu cu, envolverá meu caralho
( diria Roberto Piva?)
para num giro ou em muitos giros,
fazer o que essas palavras não conseguem
( edu planchêz)
quinta-feira, 31 de maio de 2012
exibam seus seios de onde vem o leite da vida
A Igreja na real, é uma grande merda,
se acha, quer mandar em tudo,
pensam que são donos do mundo,
é a tal da religião oficial,
estou me
lixando pra ela.
Que as "Vadias" invadam tudo
que represente opressão,
caretice, censura,
embuste, cadeados,
prisões:
já que os homens fizeram
o que fizeram com o mundo,
que as
mulheres assumam
mesmo as rédeas de tudo,
esse é milênio das mulheres,
a
mulher é a mãe da vida,
a mãe da beleza, da criatividade.
Abram mesmo
seus corações
e exibam seus seios
de onde vem o leite da vida,
de onde
vem o prazer e a beleza.
As mulheres devem mesmo ( contem comigo)
derrubarem todos os muros,
romperem todas fronteiras,
e nós homens
que
contribuímos com a destruição,
às sigamos.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Agúdos sabores
“Dançarei apenas porque isso me possibilita expressar minha
personalidade. Quero ser uma personalidade para cumprir minha missão.
Minha missão é a missão de Deus. Minha loucura é o meu amor pela
humanidade. Não quero a morte dos sentidos. Sou aquele que morre quando
não é amado ”.(Vaslav Nijinsky)
NIJINSKY
Voltando a falar de sinergia,
NIJINSKY
Voltando a falar de sinergia,
atração, magnetismo...
voltando a falar da voz
do tempo além e aqui no tempo,
inseguro e seguro,
mergulho no teu líquido oleoso perfume:
sou um homem perfumado
que tem a gentileza encrustada
no plexo solar,
as mãos lentas e velozes,
a barba macia selvagem
E ouço o cantarolar de Nijinsky
dançando sobre as ondas do meu pensamento
sobre as ondas do teu pensamento,
sobre os pensamento do mar
que pariu o Novo Mundo
Seguro nas mãos de Nijinsky,
nesse agora as tuas,
as tuas pernas repletas de chamas
de agudos sabores
( edu planchêz)
Balão relampejando sobre as casas
A fumaça do pito do velho homem
invade o velho novo mundo,
e o homem que é bicho
agora é também vapor barato,
balão relampejando sobre as casas,
entre os aviões desse céu de cometas,
de aves migrantes:
bailarinos se penduram nas escadas,
do céu do filme
( edu planchêz)
encrustada na salina de vossa alma
não mais que uma grande manhã
escavada na pedra fundamental
que o poeta possuí encrustada na salina
de vossa alma,
nas retinas do dia arfante
quase e quando no agora desnudo que dança
rodopiando os seios,
mais que quase...sendo
domingo, 27 de maio de 2012
os pequenos e os grandes lábios
Observando as mutações, os sinais bem vivos
das andanças de meu coração pelos corações,
dos muitos carinhos recebidos e retribuídos,
e ao mesmo tempo tendo apenas a voz de Evinha como presença feminina,
pois a maioria dos amores
que hoje vivo são virtuais,
os toco apenas com o pênis
e os lábios da alma
ultrajante é o desenho mágico
formado por teu corpo e o meu
As ruas estão prontas para receberem
os estalos de nossos apaixonados pés
e o fundir-se de nossas bocas
O novo mar emerge de mim,
emerge de você:
estamos sempre à frente,
sempre inventando uma posição deliciosa,
enchendo de jóias o meio de nossos dedinhos,
o furinho do umbigo,
os pequenos e os grandes lábios,
os bicos dos peitos,
a glande e a cabecinha do grelo
(edu planchêz)
sábado, 26 de maio de 2012
No "espaço do desejo"
Vivo a espectativa dela aparecer na "rede",
no "espaço do desejo",
aqui entre os meus dedos:
o que faz um homem amar tanto uma mulher?
Da onde vem esse lampejo azulezado de estrelas?
Sinto-me inseguro, um menino desprotegido...
Onde ela estará? Será que me ouve?
Será que me contempla no ar?
Será que me contempla no ar?
Verdes são as águas, amarelas as luas,
vemelhos os morangos,
e douradas, as tulipas
vasculho tuas páginas de relacionamentos
Fico te procurando no vento,
no invivel de mim mesmo,
sinto ciúmes de tuas roupas,
até de tuas próprias mãos que à tocam...
também vasculho tuas páginas de relacionamento...
sou um homem comum,
amando uma mulher especial...
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Música no ar de nossas intimidades
À Sarah Agnes
Nas ventas da noite aterrizo,
música no ar de nossas intimidades,
música em vosso ventre, música...
Os filhos da brasa viva passeiam
pelo vale dos leões prontamentes nus,
movidos pela voz do piano de caldas
( edu planchêz)
mesma perola
Os que estão unidos pela mesma perola
não correm nenhum risco de se perderem:
esqueça nunca
( edu planchêz)
terça-feira, 22 de maio de 2012
Ave eu, eu ave
Ave eu, eu Ave,
nunca eu,
nunca
sempre
A ave veio
de seu ancestral gigantesco
A ave veio do mar
Agora, ela pesca na floresta
No céu
vagueia a nave
da nova flor
No sub céu, no sobre céu,
o que acontece?
(edu planchêz)
nunca eu,
nunca
sempre
A ave veio
de seu ancestral gigantesco
A ave veio do mar
Agora, ela pesca na floresta
No céu
vagueia a nave
da nova flor
No sub céu, no sobre céu,
o que acontece?
(edu planchêz)
escultura para teus afagos
( À Sarah Agnes )
"Vai Bicho, desafinar o coro dos contentes"
juntando tua sombra com minha sombra
sob a sombra da grande árvore
carvalho jatobá jequitibá
secóia baobá peroba
"Vai Bicho, desafinar o coro dos contentes"
sopra em meus lábios as penugens rosadas
do mato colando teus lábios
nos meus paises
"Vai Bicho, desafinar o coro dos contentes"
afasta bem essas cochas
para saborearmos
o começo e o fim do mundo
"Vai Bicho, desafinar o coro dos contentes"
adorei lembrar de você,
escultura para meus afagos
ultra viscerais,
escultura para teus afagos,
escultura
"Vai Bicho, desafinar o coro dos contentes"
( edu planchêz )
"Vai Bicho, desafinar o coro dos contentes"
juntando tua sombra com minha sombra
sob a sombra da grande árvore
carvalho jatobá jequitibá
secóia baobá peroba
"Vai Bicho, desafinar o coro dos contentes"
sopra em meus lábios as penugens rosadas
do mato colando teus lábios
nos meus paises
"Vai Bicho, desafinar o coro dos contentes"
afasta bem essas cochas
para saborearmos
o começo e o fim do mundo
"Vai Bicho, desafinar o coro dos contentes"
adorei lembrar de você,
escultura para meus afagos
ultra viscerais,
escultura para teus afagos,
escultura
"Vai Bicho, desafinar o coro dos contentes"
( edu planchêz )
encontro no meio
encontro no meio dos escombros
o soberano girassol
encontro nos seios
dela um buque de rosas
encontro na gema
da eletricidade a gênese
encontro nas camadas
da rede magnética a realeza
de todos
( edu planchêz )
o soberano girassol
encontro nos seios
dela um buque de rosas
encontro na gema
da eletricidade a gênese
encontro nas camadas
da rede magnética a realeza
de todos
( edu planchêz )
Alamedas de macieiras floridas
Galo cantou a meia-noite
e quarenta e três:
não vou me embora desse mundo,
nele risco a pedra
com as pontas dos ossos,
reencontro os que tenho
que reencontrar,
subo no mais alto dos montes
para contemplar o mar
e as impactantes ilhas
E esse artista
que se aloja em mim
ama esse planeta
com todas as suas ferrugens,
bactérias, virus e fungos
Em meio a tantas esferas brilhantes,
justamente nesse "asteróide pequeno
que todos chamam de Terra"
estendi minhas velas,
acionei as turbinas,
entrei na simetria de todos os solidos,
gazes e líquidos,
caminhando sobre nós e petala,
correntes robóides
e alamedas de macieiras floridas
( edu planchêz )
e quarenta e três:
não vou me embora desse mundo,
nele risco a pedra
com as pontas dos ossos,
reencontro os que tenho
que reencontrar,
subo no mais alto dos montes
para contemplar o mar
e as impactantes ilhas
E esse artista
que se aloja em mim
ama esse planeta
com todas as suas ferrugens,
bactérias, virus e fungos
Em meio a tantas esferas brilhantes,
justamente nesse "asteróide pequeno
que todos chamam de Terra"
estendi minhas velas,
acionei as turbinas,
entrei na simetria de todos os solidos,
gazes e líquidos,
caminhando sobre nós e petala,
correntes robóides
e alamedas de macieiras floridas
( edu planchêz )
Rio de Janeiro subterrâneo
Final de semana,
rua, baixada de Jacarepaguá,
estado da Guanabara eterno,
Rio de Janeiro subterrâneo,
Rio de Janeiro repleto de remos
Nelson Rodrigues
nas embarcações suburbanas
pós e antes o macarrão com frango
de domingo à domingo
As santas senhoritas descruzam
las grossas cochas:
"eu quero ver o oco!",
a boca que beija o farol
do cinema,
a metralha das aparições pentelhudas
Vejo a adultera colher foder o garfo
diante da faca e da tigela de maionese,
eu toco no meio das cochas
de todas vocês,
eu toco na meridiano de vossos úteros
e saúdo Paulo César Peréio
me melecando todo,
melecando a literatura venal
do subverter,
melecando vossas faces
com meu leite
( edu planchêz)
rua, baixada de Jacarepaguá,
estado da Guanabara eterno,
Rio de Janeiro subterrâneo,
Rio de Janeiro repleto de remos
Nelson Rodrigues
nas embarcações suburbanas
pós e antes o macarrão com frango
de domingo à domingo
As santas senhoritas descruzam
las grossas cochas:
"eu quero ver o oco!",
a boca que beija o farol
do cinema,
a metralha das aparições pentelhudas
Vejo a adultera colher foder o garfo
diante da faca e da tigela de maionese,
eu toco no meio das cochas
de todas vocês,
eu toco na meridiano de vossos úteros
e saúdo Paulo César Peréio
me melecando todo,
melecando a literatura venal
do subverter,
melecando vossas faces
com meu leite
( edu planchêz)
Toco na poesia crônica contidiana fantásmica de Tavinho Paes
Cousas do dia a dia atrapalham
um pouco ou muito o pulso
do que tento ou preciso fazer,
recorro ao jogo do contente
e assumo o ser de Pollyanna:
há cinco dias sem o sinal da internet,
isolado do mundo?
Rádio Am transmitindo o futebol
do dia de hoje,
o futebol do mundo, o futebol do Brasil
( toco na poesia crônica cotidiana
fantásmica de Tavinho Paes)
toco no que não devo tocar,
segurando nas mãos de Betina Kopp,
Glad Azevedo,
Pedro Poeta, Tico Santa Cruz,
Igor Cotrim, Marcelo Mello...)
O Voluntários da Pátria correndo
pelos aeroportos,
pelo planeta Brasil
visceralmente unidos
na mesma lâmpada professora-criança
É muito bom saber
que nesse momento a música-poesia que faço,
recito e canto,
está sendo ouvida e lida no Japão,
no Zimbabo, em Portugal, em Mônaco,
na Colômbia, em La Corunha, na Galícia,
em Nápoles, em Las Vegas
E eu volto para a terra,
para o plano gema carioca,
Curica Jacarepaguá
Recreio dos Bandeirantes
Barra da Tijuca Cascadura
Madureira Praça Seca
Santa Cruz Campo Grande
Eu dentro do mundo, o mundo dentro de mim,
os muitos mundos espalhados
pelos ladrilhos da casa
Lembranças estreladas de Curitiba,
de Santa Cruz do Sul,
Ribeirão Bonito, Ribeirão Preto,
Sorocaba, Cachoeira do Sul,
Cruzeiro, Cachoeira Paulista,
São Paulo, Itatiba, Campinas,
Brasília, Goiânia, Porto Alegre,
Jataí, Caxias do Sul,
Florianópolis, Tubarão,
Criciúma, Nova Veneza,
Joinville, Salvador,
Brasília, Maceió,
João Pessoa, Niterói,
São Gonçalo, Nova Iguaçu,
Vassouras, Nova Friburgo,
Saquarema, Macaé, Maricá...
Corujão da Poesia, fogueira sagrada profana,
ponto motriz da vida nova,
dos que se olham nos olhos
dos olhos
"a nova vida vem do novo mar",
do mirante do Leblon,
dos poemas de carvão e areia,
de homens e sereias
( edu planchêz)
um pouco ou muito o pulso
do que tento ou preciso fazer,
recorro ao jogo do contente
e assumo o ser de Pollyanna:
há cinco dias sem o sinal da internet,
isolado do mundo?
Rádio Am transmitindo o futebol
do dia de hoje,
o futebol do mundo, o futebol do Brasil
( toco na poesia crônica cotidiana
fantásmica de Tavinho Paes)
toco no que não devo tocar,
segurando nas mãos de Betina Kopp,
Glad Azevedo,
Pedro Poeta, Tico Santa Cruz,
Igor Cotrim, Marcelo Mello...)
O Voluntários da Pátria correndo
pelos aeroportos,
pelo planeta Brasil
visceralmente unidos
na mesma lâmpada professora-criança
É muito bom saber
que nesse momento a música-poesia que faço,
recito e canto,
está sendo ouvida e lida no Japão,
no Zimbabo, em Portugal, em Mônaco,
na Colômbia, em La Corunha, na Galícia,
em Nápoles, em Las Vegas
E eu volto para a terra,
para o plano gema carioca,
Curica Jacarepaguá
Recreio dos Bandeirantes
Barra da Tijuca Cascadura
Madureira Praça Seca
Santa Cruz Campo Grande
Eu dentro do mundo, o mundo dentro de mim,
os muitos mundos espalhados
pelos ladrilhos da casa
Lembranças estreladas de Curitiba,
de Santa Cruz do Sul,
Ribeirão Bonito, Ribeirão Preto,
Sorocaba, Cachoeira do Sul,
Cruzeiro, Cachoeira Paulista,
São Paulo, Itatiba, Campinas,
Brasília, Goiânia, Porto Alegre,
Jataí, Caxias do Sul,
Florianópolis, Tubarão,
Criciúma, Nova Veneza,
Joinville, Salvador,
Brasília, Maceió,
João Pessoa, Niterói,
São Gonçalo, Nova Iguaçu,
Vassouras, Nova Friburgo,
Saquarema, Macaé, Maricá...
Corujão da Poesia, fogueira sagrada profana,
ponto motriz da vida nova,
dos que se olham nos olhos
dos olhos
"a nova vida vem do novo mar",
do mirante do Leblon,
dos poemas de carvão e areia,
de homens e sereias
( edu planchêz)
Apenas laço o pensamento que escapou-me pelos dedos
A manhã chegou branca sem o sol explosivo,
mas sei eu que ele está presente
mas sei eu que ele está presente
acima das nuvens
Minhas lembranças brancas tocam no sistema
que ilumina toda a região com o líquido
que permeia todo o planeta
e os planetas que ora retiro das cavernas
Minhas lembranças brancas tocam no sistema
que ilumina toda a região com o líquido
que permeia todo o planeta
e os planetas que ora retiro das cavernas
de meu pincel,
e branca, e úmida será a pintura
que se estende no centro de minha criatura,
de tua criatura
Recordando dos muitos banhos de rio,
das chuvas que se despedaçaram
sobre esses emaranhados cabelos,
das mãos brancas de minha adorada avó
e branca, e úmida será a pintura
que se estende no centro de minha criatura,
de tua criatura
Recordando dos muitos banhos de rio,
das chuvas que se despedaçaram
sobre esses emaranhados cabelos,
das mãos brancas de minha adorada avó
Eugênia Planchêz
Oh grande vida que me faz conhecer
Oh grande vida que me faz conhecer
o dom de nada fazer
e obter das palavras o desenho imperfeito!
No verão que construo
com a pena que nunca deixou os meus dedos,e obter das palavras o desenho imperfeito!
No verão que construo
armo uma rede tecida com as celulas do sangue dos que amei,
dos que me amam, dos que me amaram,
dos que ainda...
E essas múltiplas pernas jamais cansam de escalar os lajedos,
a aspereza do nobre tropel do cavalo vespertino...
E eu tenho tantos barracos e castelos
espalhados pelas salas das casas
que habitei no tempo,
e eu tenho tantas alturas,
sou mais alto e mais baixo
que a compreensão de nunca ter possuído
um único oceano
Nada conquistei, apenas me conquisto,
apenas laço o pensamento
que escapou-me pelos dedos
e o transformo em tinta,
tinta essa que se espalha
nos contornos de meu rosto
e de teu rosto
( edu planchêz)
sábado, 12 de maio de 2012
À 299 792 458 metros por segundo
À 299 792 458 metros por segundo desdobro
as páginas desse dia,
mais que raio d'ouro,
mais que voo de beija-flores
se amando sob a pepita das águas,
mais que cortinas de perfumes adocicados,
mais que peixe ziguezagueando
Eu sou a flor âmbar do sol de Aldebarã,
a jangada que nos trás Orfeu e sua Dama
O poeta é um nada que vagueia
entre as nuvens sangradas do logos
e as vidraças da civilização inumana
que caminha para o imortal,
para o que está dentro do chão ígneo(edu planchêz)
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Forte como um búfalo
Forte como um búfalo
vou desatando os intricados nós da dor adquirida no chafurdar
das mestras trevas
Esse animal que ora ora me habita,
que sempre troteia pisando forte
nos que são fortes,
nos que abraçam
de peito desnudo cachos de vespas
É a prova maior da bravura humana,
é estar aberto, pronto o fincar das flechas do imortal
Creio que vocês pouco ou nada sabem
a respeito do que agora sinto,
provável ser engano,
pois todos sentem, de carne são feitos,
de ossos e nervos erguidos
( edu planchêz)
terça-feira, 8 de maio de 2012
Minha mulher repletas de jóias humanas
Misteriosa Dama de Marfim,
tua brisa solene
de extremos perfumes
se incorpora a minha madruga,
aos anseios do homem
que aqui está
para nas compridas penas de tua calda
mover com os dedos
do ventre o mais sorridente dos poemas
Minha mulher repletas de jóias humanas,
ave que voa por dentro de mim, que voa por baixo e por cima
das camadas vertiginosas
de minha pele irmã da tua
Nunca deixe de ouvir o concerto
do rouxinol de nosso amor,
pois vejo-te em mim
para além e para antes dessa existência
Mulher carmim, serena de cores,
de flores livres,
de contrações incinerantes,
chama sagrada do meu silêncio,
dos gemidos cortantes
cravando formas piramidais
em meu coração galático
Meu amor...
( edu planchêz)
domingo, 6 de maio de 2012
Amo as perfeitas tetas das oito meninas
Fadas encantam ovos,
desses ovos eclodem oito meninas nuas com os bicos das tetas jorrando leite azul
sobre o meu paladar de poesia,
sobre a cidade que tenho
esculpida na garganta
Amo as perfeitas tetas das oito meninas,
amo o amor rosado de suas peles imperiais,
amo os bicos de suas tetas,
amo as oito meninas por igual
As oito meninas para sempre nuas
trazem entre suas pernas o tesouro
de todos os magos,
as planícies e as montanhas,
o véu dourado
Com a sede dos leões mergulho
com as oito meninas no grande lago,
na grande roda de fogo acesa por Orfeu,
nos precipícios do hoje,
do ontem e do amanhã
E na transparência tênue das oito meninas
me torno também transparente,
homem de cera
(edu planchêz)
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