sábado, 12 de maio de 2012

À 299 792 458 metros por segundo



À 299 792 458 metros por segundo desdobro 
as páginas desse dia,
mais que raio d'ouro, 
mais que voo de beija-flores 
se amando sob a pepita das águas,
mais que cortinas de perfumes adocicados,
mais que peixe ziguezagueando 

Eu sou a flor âmbar do sol de Aldebarã,
a jangada que nos trás Orfeu e sua Dama

O poeta é um nada que vagueia
entre as nuvens sangradas do logos 
e as vidraças da civilização inumana
que caminha para o imortal,
para o que está dentro do chão ígneo

     (edu planchêz)

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