quarta-feira, 27 de junho de 2012
Sob teu rosa, sob tua avenida
A mais deliciosa de todas as fêmeas me procura...
abrindo a boca, os braços, as pernas...
Me abro abrindo a porta do centro do mundo
para os galos do vento,
do meu vento cravarem suas unhas de perola
em tuas costas gigantes
Sob teu rosa, sob tua avenida,
faço minha artimética,
nosso concerto aquático
Vinde, artista do que eu canto
Vinde, singela eletricidade de ti e de mim
Cabo de pedras vermelhas,
o nervo, a altura, os montes,
seus cabelos...
Brindada de mar, cristalina ovelha
arcada sobre meus arcos
fazendo sombra em meus ventres
( edu planchêz )
quinta-feira, 21 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
sindrome de Van Gogh?
Não sou adepto da síndrome de Van Gogh,
nunca foi minha opção
ser reconhecido pós morte.
Todos os dias escrevo,
todos os dias publico,
por aqui mesmo
nesse veloz lento veículo virtual
Quem realmente lê e absorve o que escrevo?
Obtenho poucas respostas,
zero comentários,
zero convites para palestras,
entrevistas, publicações?
Tem sempre um que tenta me tomar dinheiro propondo eu entrar em antologias,
fazer "livros solos", "livros solos"?
É para rir, deitar no chão...
tenho muito mais leitores
aqui nessa telinha
do que num livro de papel
que custaria alguns milhares de reais.
Não entrarei em em nenhum desses projetos,
não sinto a mínima falta do livro de papel,
foda-se quem ainda ama a porra do livro
de papel de celulose,
no meu entender,
o virtual veio para salvar as árvores
( edu planchêz )
domingo, 10 de junho de 2012
passariformes
Chiu Yi Chuh Bhuda, Irael Luziano Bhuda,
eu, no caminho,
nas paletas da enorme roda das águas termais
Se toco o céu,
toco flauta com os dragões
fazedores de vento,
e vejo do alto,
onde estiveram Enkidu e Gilgamesh,
o mar de leite qualhado
Tudo reza no livro esculpido
nas linhas do corpo,
nas marcas
que o veleiro que trouxe Vitor Hugo
deixa na epiderme líquida
dos sentimentos passariformes
mulher que esteve em seus sonhos durante uma vida, muitas vidas
Como pode ser tão linda assim?
Coração de poeta, aguenta,
se segura, amarra alguma coisa
entre a artéria horta e o ventre
Sei que sou merecedor de tamanha luminosidade,
mas é difícil não deixar de chorar
diante das cores tuas,
compreendo nesse agora
o que Flávio Venturini quer dizer
quando diz "Foi assim, como ver o mar,
a primeira vez que os meus olhos se viram
no seu olhar"
Pessoa grande e pequena,
fada descida das flores abissais,
dos desenhos da vasta existência,
sou quase nada frente à ti,
ou sou quase tudo:
um menino amando
a mulher que esteve em seus sonhos
durante uma vida,muitas vidas
(edu planchêz)
sábado, 9 de junho de 2012
escamas de madrepérola
eu vou alongando minha noite,
amo o nascer do dia ,
mesmo cansado...
amo a arte da chuva,
o escrever,
a tua arte pessoa
farei um poema bem intenso para ti...
fiquei horas olhando uma foto tua ampliada pela beleza eterna:
cabelos loiros...o rosto de lado, tão pura, tão transparente...
a verdade visceral escrita em mim
pelo talhe de teu rosto
vou ao meu menino, e vou a tua menina,
aos milhares de pássaros
que chegam com essa visão...
tento nos ver em outras existências,
tento nos ver
e você no mar que tudo cobre,
e eu no mar que tudo cobre:
para o meu compreender seus dedos são conchas,
meus dedos são concha,
seus olhos, perolas lapislazuli,
nossas peles escamas de madrepérola....
( edu planchêz)
sexta-feira, 8 de junho de 2012
anjo arquétipo
"Trabalhe como se você não necessitasse de dinheiro,
ame como se nunca tivesse sido ferido
e dance como se ninguém estivesse olhando." (Eça de Queiroz)
Dor que está aqui em mim,
você passeia em meus domínios,
esse é o seu tempo,
você é professora, me ensina algo novo,
diferente: "decifra-me ou te devoro",
projeta em meu eu teu reflexo diamantino,
teu reinado protegido por arqueiros exímios,
teus trovões
Duzias de novos frutos...
sintonizam minha persona
sintonizam minha persona
a persona do maior de todos os guerreiros,
ao samurai dos samurais,
ao magnifico encouraçado que cruza o mar Egeu
e aporta nos tijolos da cidade de Bizâncio
Movo-me com os profetas rastreadores do sol
dos muitos, com a exuberante trombeta
do anjo arquétipo
Vinde a mim e a todos a claridade,
o cintilante raio que nunca queima
os que nas linhas da justiça caminham
( edu planchêz )
quinta-feira, 7 de junho de 2012
edu planchêz coruja clamando preces de ouro
edu planchêz coruja clamando preces de ouro
por dentro da madrugada
sob as cinzas do velho aeon,
sob torrentes e calmarias
edu planchêz é um barco,
uma nave humana e inumana
cravando imagens em vossas epidermes
( edu planchêz)
terça-feira, 5 de junho de 2012
EU À VEJO
Dama que observo de dentro dessa noite de cheia lua,
eu à vejo, e à toco primeiro em suas mãos...
(edu planchêz)
segunda-feira, 4 de junho de 2012
O gato psicodélico
O gato psicodélico é a sua cama,
diria que ele sou eu e a lua de Atenas,
as laterais da casa,
o tom vermelho de tuas unhas,
as luvas que faço
com os fios de meus cabelos
para usares nas noites
de inverno e incendios
Ouço o miado do gato,
ouço o teu miado...
Você é o gato, o gato é você
Fico contente
em saber que vivemos no mesmo planeta,
no mesmo plano,
nos olhos ultra-violetas do felino
Amor que cravou-se
em meu peito feito espada,
unhas de gato, dentes de sabre,
lábios pêssegos...
Em teus lençóis sou eu o gato,
o psicodélico homem das guitarras
e das vozes que ultrapassam as paredes
e as distancias para se aninhar em teu colo
sábado, 2 de junho de 2012
desenhos traçados pelo senhor tempo
Diante do som,
da abertura das asas do pássaro silencio...
Diante da salgada boca,
dos desenhos traçados pelo senhor tempo....
No rendado da noite que despede,
nas cortinas da casa de cristal...
Vem comigo, vamos pelo lado esquerdo,
pelo lado dos eflúvios celestes,
pelo lado dos algodoeiros
(edu planchêz)
sexta-feira, 1 de junho de 2012
trompas de falópio
A vialáctea vai sumir inteira em tua vagina,
passará lentamente por tuas trompas de falópio,
dará meia volta e entrará em meu cu, envolverá meu caralho
( diria Roberto Piva?)
para num giro ou em muitos giros,
fazer o que essas palavras não conseguem
( edu planchêz)
passará lentamente por tuas trompas de falópio,
dará meia volta e entrará em meu cu, envolverá meu caralho
( diria Roberto Piva?)
para num giro ou em muitos giros,
fazer o que essas palavras não conseguem
( edu planchêz)
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