terça-feira, 22 de maio de 2012

Alamedas de macieiras floridas

Galo cantou a meia-noite 
e quarenta e três:
não vou me embora desse mundo,
nele risco a pedra 

com as pontas dos ossos,
reencontro os que tenho 

que reencontrar,
subo no mais alto dos montes
para contemplar o mar 

e as impactantes ilhas

E esse artista 

que se aloja em mim
ama esse planeta
com todas as suas ferrugens,
bactérias, virus e fungos
Em meio a tantas esferas brilhantes,
justamente nesse "asteróide pequeno
que todos chamam de Terra"
estendi minhas velas,
acionei as turbinas,
entrei na simetria de todos os solidos,
gazes e líquidos,
caminhando sobre nós e petala,
correntes robóides
e alamedas de macieiras floridas

   ( edu planchêz )

Nenhum comentário:

Postar um comentário